Um pouco da história dos abajures
A palavra abajur vem da língua francesa abat-jour, em livre tradução significa ‘quebra-luz’, é o dispositivo adaptado a uma fonte de luz com a intenção de reduzir ou suavizar a iluminação: pantalha ou cúpula.
Na língua portuguesa a palavra abajur foi se popularizando e seu significado foi além da definição de cúpula até se tornar sinônimo de luminária de mesa. Os Abajures são um elemento essencial na decoração da casa.
Eles fornecem a iluminação necessária e ao mesmo tempo adicionam estilo ao seu ambiente.
Durante o dia, servem como lindos enfeites e a noite transformam o seu espaço com um ambiente acolhedor e convidativo.
Os Abajures percorreram um longo caminho desde os tempos das tochas, velas e lampiões a óleo.
A fonte de luz já era utilizada desde a pré-história em cavernas no período paleolítico.

A forma rudimentar de iluminação era uma rocha oca cheia de musgo seco, ou outro material absorvente, que era embebido em gordura animal e inflamado. Na região do Mediterrâneo e no Oriente eram utilizadas conchas e, posteriormente, objetos de cerâmica, alabastro ou metal, predominantemente na China e no Egito.

Na Grécia antiga, as luminárias mais elaboradas começaram a aparecer no século VII a.C., quando substituíram as tochas e os braseiros.
A própria palavra lâmpada deriva do grego lampas, que significa “tocha”.


Os romanos introduziram um novo sistema de fabricação de luminárias de terracota, utilizando dois moldes vazados e unindo as peças.


Com esse receptáculo fechado a chama era melhor controlada e os pavios rudimentares começaram a surgir. Com o desenvolvimento do metal, as formas tornaram-se mais complexas e elaboradas, apresentam maior controle das chamas melhor utilização de óleos, assumindo por vezes formas decorativas frequentemente inspiradas na natureza.


Pouca informação está disponível sobre as luminárias medievais, a idade das trevas… existiam basicamente tocheiros e o tipo vela em pires, abertas e consideravelmente inferiores em desempenho às luminárias fechadas dos romanos.


O grande avanço na evolução das luminárias ocorreu na Europa no século XVIII com a introdução de um queimador central, saindo de um recipiente fechado através de um tubo metálico e controlável por meio de uma catraca. Esse avanço proporcionou a descoberta de que a chama produzida poderia ser intensificada ou diminuída por aeração. Assim tornou-se possível o controle da intensidade da iluminação no ambiente.




Até o final do século XVIII, os principais combustíveis queimados nas luminárias eram óleos vegetais como azeite e sebo, cera de abelha, óleo de peixe e óleo de baleia. Com a industrialização e o desenvolvimento do petróleo a partir de1859, a luminária de querosene tornou-se popular, sendo muito utilizada até a metade do século XX. No século XIX, a introdução da iluminação a gás levou à criação de luminárias a gás utilizadas para iluminar casas e ruas. Mas foi a invenção da lâmpada elétrica que revolucionou a indústria da iluminação. O desenvolvimento da lâmpada elétrica restringiu a tendência às lâmpadas a gás e, em 1911, começou a conversão de luminárias a gás para uso com eletricidade. Logo a eletricidade estava substituindo rapidamente o gás para fins de iluminação geral. Não demorou muito para que os abajures fossem concebidos e fabricados tendo em mente as lâmpadas. A melhoria mais importante na lâmpada incandescente foi o desenvolvimento de filamentos metálicos, particularmente de tungstênio. Os filamentos de tungstênio substituíram os feitos de carbono no início de 1900. E assim a lâmpada elétrica se consolidou como fonte de iluminação. A evolução dos abajures não aconteceu da noite para o dia. Foi um processo gradual que envolveu a experimentação de diversos materiais e tecnologias.